O cérebro é um órgão relativamente pequeno, cabendo na palma de uma mão, mas apesar de seu tamanho, ele é responsável por 20% da energia consumida pelo seu organismo e estimasse que possui cerca de 86 bilhões de neurônios.
Neurônios são células nervosas existentes em nosso cérebro (mas não apenas nele), que possuem a função de conduzir os impulsos nervosos (sinais elétricos) entre eles.
Existem vários tipos de neurônios mas eles possuem certas propriedades e características similares que os definem. Um neurônio recebe e transmite então informações, realizando conexões com outros neurônios. Existe uma estimativa média que um neurônio faz conexão com outros mil a dez mil neurônios. Isso faz gerar um número de combinações possíveis extraordinariamente grande. São 86 bilhões de neurônios fazendo mil a dez mil conexões entre eles. Este número nem cabe aqui em nosso estudo de tão alto que é o resultado dessa conta.
Curiosidade: Alguns pesquisadores comparam que o número de conexões que nosso cérebro possui se compara com o número de grãos de areia do oceano ou maior que o número de átomos em toda nossa galáxia.
Um neurônio se assemelha a uma árvore, contendo galhos, tronco e raiz e é responsável por receber e enviar informações através de pulsos elétricos.
As informações chegam nos neurônios em uma área denominada de dendritos (galhos), através de substâncias químicas, como os hormônios, neurohormônios, neutransmissores e neuromoduladores. Estas substâncias químicas atuam então na membrana dos dendritos, os quais reagem bio-quimicamente excitando a membrana, fazendo com que aumente o número de disparos elétricos, ou inibindo a membrana, fazendo com que o número de disparos elétricos reduza. Assim, informações químicas são convertidas, ou produzem, informações elétricas.
O impulso elétrico percorre então o axônio do neurônio (tronco). O axônio geralmente é revestido por uma camada de gordura (bainha de mielina), a qual provê um isolamento elétrico, como se fosse uma capa isolante de um fio ou cabo elétrico. A composição principal dessa bainha de mielina são os ácidos graxos omega 3. Esse é um dos motivos pelo qual, alimentos ricos em Omega 3 são tão recomendados! Algumas doenças podem diminuir ou destruir essa camada de gordura, como por exemplo a esclerose múltipla.
O impulso elétrico após percorrer o axônio, chega aos terminais do axônio do neurônio (raiz). Estes terminais por sua vez, produzem substâncias químicas, através de pequenas vesícula, as quais são estimuladas com a chegada do impulso elétrico, liberando estas enzimas para fora do neurônio, em regiões microscópicas entre um neurônio e outro, as quais denominamos Sinapses.
Estas transmissões elétricas denominamos impulsos nervosos.
Ou seja, os neurônios vão se ligando um ao outro, através do dendrito de um ao terminal do outro, mas não se tocam, fica um pequeno espaço entre eles (Sinapse), o qual é preenchido com enzimas (neurotransmissores), produzidas por vesículas localizadas no terminal, fazendo com que o neurônio receptor aumente ou diminua os pulsos elétricos em seus dendritos.
E você, o que acha agora de seu cérebro?
Temos a máquina mais fantástica do universo presente em cada um de nós.
Entendendo que toda nossa rede neural é ativada pela produção das enzimas, os neurotransmissores, podemos entender também que nossa alimentação ajuda muito nisso tudo, mas isso é outro assunto para nossos próximos tópicos.
Fabiano Simm
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